Projeto Adensamento e Requalificação Água Rasa e Anália Franco

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ADENSAMENTO
Através do planejamento urbano chamado DOTS (Desenvolvimento Orientado de Transporte Sustentável) procuramos promover o adensamento construtivo e populacional ao longo do eixos de transporte de massa, a fim de ampliar a eficiência do transporte público de alta densidade e reduzir o número de construções nos bairros adjacentes, diminuindo também o fluxo de veículos. Por intermédio do novo zoneamento buscamos promover o alargamento de calçadas nas áreas de influência dos eixos e áreas destinadas para usuários de bicicletas nos novos empreendimentos.
Utilizamos como critério para a implementação dos edifícios mais adensados a memória urbana do lugar através do uso linear dos gabaritos e buscamos lotes dentre um raio de 400 a 600 m das estações, subutilizados ou vazios. 
Através do incentivo da lei de novo zoneamento a instalação de usos não residenciais, como o comércio, no térreo dos novos prédios habitacionais será considerado como área não computável em até 20% do terreno desta forma todos os edifícios implantados tem como projeto base o uso misto, com uma fachada ativa afim de requalificar o meio urbano. Procuramos implanta-los ao longo  do novo corredor criado e no entorno próximo do metrô (área favorecida pelo CA = 4). 
O partido dos novos projetos criados foi permitir a fruição pública, optando pela abertura de miolo de quadra, desenvolvimento de térreo ativo e melhoramento do sistema viário.

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RENATURALIZAÇÃO CÓRREGO
A falta de equipamentos públicos voltados ao lazer na região da água rasa, a má distribuição de áreas verdes e espaços livres junto da topografia acentuada, dos diversos cursos d’água canalizados e da grande área impermeabilizada foram fatores decisivos para a formulação de uma proposta de renaturalização de um dos córregos. 
O maior desafio era recuperar o curso d’agua que sofreu modificações, sem colocar em risco as zonas urbanas e vias de transporte, e sem causar desvantagem para a população. Desta forma apenas parte do curso foi renaturalizado e foi implantado um parque linear que se desenvolve ao longo do córrego e ajuda a escoar a água, amenizando assim os pontos de alagamento da região, além de minimizar as altas temperaturas. 
A proposta prevê manter o percurso natural do curso d’água (a transformação do curso do rio pode levar um prazo de 20 a 25 anos para se estabilizar), impedir o lançamento de esgoto e disposição de lixo e entulho nas margens e facilitar o acesso da população às margens para efeito de lazer e recreação. 
Além da melhoria de questões de sustentabilidade, o parque é um dos equipamentos para o incentivo imobiliário da região. O projeto pressupõe que a partir da implantação do parque e da melhoria do espaço público através da abertura de uma passagem, voltada apenas para os pedestres, os lotes que estão voltados para essa via se abram formando um polo comercial criando a fruição desejada. 
Outro fator decisivo para a escolha do lugar, o parque está cercado por algumas escolas, a ideia foi criar um polo institucional e um ambiente com um tráfego menor de veículos (incentivo para o uso do metrô em um curto percurso). Dentro do parque foi implantada uma ciclovia que liga os dois metros, tornando assim parte do trajeto mais agradável.
Apesar da topografia acentuada do local onde o parque foi implantado, o uso de platôs e um estudo aprofundado resultou em uma solução agradável.