MUPA -MUSEU PAULISTA DE ARTE 

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Os MUSEUS CONTEMPORÂNEOS não são mais meros espaços de exposição, sua arquitetura ganha cada vez mais
relevância unindo o interior ao exterior, um importante papel é desempenhado pela localização do edifício no espaço urbano,
no caso o não conflito com o centro histórico existente é de extrema relevância.

As instituições sendo elas privadas ou estatais pretendem mostrar-se interessadas em termos culturais, estando assim
preparadas para investir numa construção representativa.

DIRETRIZES
O terreno escolhido para o projeto do Museu está inserido na Rua Mauá , nas proximidades da Estação da Luz , área esta
de estudo do Projeto Urbano Específico Nova Luz. Através das diretrizes estabelecidas pela PUE foi utilizado como base
o coeficiente de aproveitamento 2,5 com intuito de promover um projeto voltado a cultura e lazer para a região. Dentre as propostas estabelecidas de reestruturação urbana pelo PUE está a de integrar as duas ruas laterais ao terreno (Rua dos
Protestantes e Rua General Couto de Magalhães) gerando assim passagens exclusivas para pedestres, ampliando também a área
permeável e de sombra afim de incentivar o uso do espaço público.

ACESSOS
O projeto foi inserido a partir da análise da área, a ideia de não competir com gabaritos existentes (área densa) foi de promover
um gabarito intermediário e enterrar parte do Museu. O nível de acesso principal, que está elevado um metro e meio do nível da rua, cria
um lugar de encontro e permite a entrada de luz para os ambientes abaixo do nível da calçada. Todos os ambientes que se encontram na lateral do projeto (que se abrem para praça) possuem iluminação e ventilação natural pelo zenite devido ao descolamento do edifício do terreno.
O segundo acesso acontece através da ampla escadaria que funciona como arquibancada, convidativa para o primeiro subsolo, nele se encontra
um programa diversificado que funciona independente do Museu, como o café, a biblioteca e o auditório, espaço este voltado para a cidade.

 

PROGRAMA
Devido à proximidade com a estação da Luz, o programa do estacionamento foi questionado, desta forma foi pensado que há necessidade apenas de algumas vagas no térreo para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida, desta maneira juntamente com as propostas do PUE se incentiva o uso do transporte público para acesso a região e contato do pedestre com a cidade.

PROJETO
As áreas de exposição foram projetadas a partir do conceito que o olhar do visitante deve estar voltado completamente para a obra, desta forma estes ambientes foram pensados como “caixas fechadas”, apenas com iluminação artificial. Já nas áreas de circulação acontecem pés-direitos duplos, com contato visual entre vários ambientes e entrada de luz por grandes paredes envidraçadas, deste modo é possível apreciar o visual da cidade, e as outras áreas do Museu durante a transição entre os ambientes de exposição.Além das áreas de exposição estipuladas pelo programa, foram criados dois terraços que atravessam o edifício principal, que servem como espaços para exposição de esculturas e propiciam uma ampla vista para o Parque Jardim da Luz. A administração e a Biblioteca foram implantados no edifício lateral como idéia de
anexo, com o acesso a parte. 

 

POSSIBILIDADES FUTURAS
O terreno que se encontra em uma das frentes do projeto, também faz parte do PUE como área de incentivo a cultura e lazer, desta forma existe a possibilidade de criar a integração entre os dois lotes, uma ligação subterrânea gerando um grande patamar de equipamentos de cultura e lazer voltados completamente para a cidade.

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